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Urologista fala sobre a importância do Novembro Azul

Para conscientizar os homens sobre a importância da prevenção ao câncer de próstata, surgiu o Novembro Azul, que inicia nesta sexta-feira. Durante todo o mês de novembro existe um esforço para informar à população sobre as principais doenças que acometem a população masculina, destacando as formas de detectá-las antecipadamente, e ajudando a tirar o estigma dos exames que ajudam nas rotinas de check-up médico.

Bons hábitos, por mais clichê que pareçam, são de importância crucial na prevenção de doenças, inclusive do câncer de próstata. “Quando se fala em prevenção, é necessário destacar que algumas medidas preventivas são facilmente aplicáveis, como mudanças em hábitos de vida. É importante manter a prática de atividades físicas e uma alimentação rica em vegetais e pobre em gorduras”, destaca o urologista Daniel Albrecht Iser, do Centro Médico Unimed Tubarão. Segundo ele, com a detecção precoce do câncer de próstata, é possível conseguir altas taxas de cura.

O diagnóstico só é possível por biópsia da próstata, e a decisão de quais homens necessitam realizar a biópsia se dá por meio de dois exames: o antígeno prostático específico (PSA), coletado no sangue periférico, e o exame de toque.

“O toque retal, um exame rápido (dura segundos) e praticamente indolor, deve também ser realizado, já que o PSA não é eficaz sozinho”, pontua.

O médico diz que, “infelizmente, ainda há muito preconceito com esse exame. Aproximadamente dois terços dos homens brasileiros não se submetem ao toque retal de rastreamento. Os dois exames juntos (toque e PSA) conseguem identificar mais de 80% dos casos suspeitos de neoplasia de próstata”.

ESTÁGIOS AVANÇADOS

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 20% dos pacientes portadores de câncer de próstata ainda são diagnósticos em estágios avançados, embora tenha ocorrido uma maior procura nas últimas décadas, devido à divulgação e conscientização na população masculina. “A percepção, na prática clínica, é de que ao longo dos anos os homens têm aceitado com mais tranquilidade a realização do toque retal quando este é necessário”, ressalta o urologista. Outro dado interessante, segundo ele, foi produzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP): no Brasil, enquanto cerca de 40% dos indivíduos tinham a opinião de que o toque retal não era ‘aceitável’ antes de realizar o procedimento, após este a proporção caiu para 10%. “Isto sugere que a expectativa dos homens quanto ao toque retal é bastante diferente da realidade envolvendo o exame. A disseminação de dados como esse pode auxiliar na desmistificação desse preconceito”, conclui.



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