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O governo federal anunciou nesta segunda-feira (11) a criação do programa "Emprego Verde Amarelo". A iniciativa pretende reduzir a tributação para empresas que contratarem jovens com idade entre 18 e 29 anos, em primeiro emprego.
As regras envolvem redução da contribuição patronal de 20% para zero e de FGTS de 8% para 2%, porém se aplicam apenas a cargos com salários de até 1,5 salário mínimo (hoje R$ 1.497,00). A multa de FGTS em caso de demissão para esses contratados será de 20%, em vez dos 40% de quem trabalha no regime normal.
Em Santa Catarina, a taxa de jovens de 14 a 29 anos que estão desocupadas é de 12,1% da população desta faixa etária. O indicador é o menor do país. Na média nacional, 22,3% dos jovens com essa idade estão fora do mercado de trabalho.
Os números fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, apesar de ser o menor do Brasil em comparação com os demais estados, interrompeu uma escalada de três crescimentos seguidos no percentual de jovens desocupados. Desde 2014, quando a taxa foi de 5,5%, o número de trabalhadores nessa faixa etária que estavam no grupo de sem ocupação cresceu até 14%, no ano passado.
Fator falta de experiência pesa contra
O economista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), João Rogério Sanson, explica que os indicadores de desocupação costumam ser menores na faixa de 18 a 29 anos principalmente pela falta de experiência profissional que os jovens costumam ter nesta fase da vida.
– Uma forma de compensar a falta de experiência dessa mão de obra é torná-la mais barata. É o drama dessas pessoas nessa idade: como vou ter experiência se não tenho oportunidade para o primeiro emprego – explica o professor.
A intenção do governo com as medidas é estimular a contratação para essa faixa etária. Como contratar os mais jovens para cargos com salários menores vai ficar mais barato, é possível estimar um efeito para profissionais acima de 30 anos. No entanto, o professor alerta que
– A empresa não vai levar em conta apenas isso (custo menor para contratação). Em alguns casos, ela vai preferir pagar um pouco mais e pegar alguém com mais experiência para a função – explica Sanson.
O professor alerta que apesar das novas medidas de incentivo, a geração de vagas para esse público depende também do ciclo econômico. Entre 2012 e 2014, por exemplo, com a economia brasileira mais estabilizada, SC tinha indicadores de desocupação de 14 a 29 anos na casa de 5%. No ano passado, quando houve o valor mais alto, o percentual subiu para 14%.
Fonte : NSC
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