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Janeiro roxo: Campanha alerta para o diagnóstico precoce da hanseníase

A hanseníase, uma das doenças mais antigas da humanidade, é ainda considerada um problema de saúde pública no país. Por isso, o movimento Janeiro Roxo foi criado em 2016 pelo Ministério da Saúde (MS) para alertar sobre os sinais e sintomas da doença, além de destacar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento. O Brasil ocupa a segunda posição entre os países que mais registram casos novos no mundo. Em 2022, o país registrou um total de 19.635 casos novos de hanseníase na população geral (taxa de detecção de 9,67 casos por 100 mil habitantes). Do total dos casos novos, 836 foram diagnosticados em crianças. Santa Catarina, desponta dentre os estados da federação, com uma das menores taxas de detecção de hanseníase. No ano de 2022, foram diagnosticados 159 casos novos da doença. Dentre os casos, cinco crianças foram diagnosticadas. “Embora os dados do estado estejam melhores do que muitos outros registrados no país, ainda precisamos alertar sobre os sinais e sintomas da hanseníase com o objetivo de termos o diagnóstico precoce da doença e para que sequelas sejam evitadas”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica de Santa Catarina.


Hanseníase

A hanseníase é causada por uma bactéria, transmitida pelas vias aéreas superiores (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. “Entre os principais sintomas, que podem demorar para se manifestar, estão manchas na pele com alterações da sensibilidade e queda de pelos no local e o comprometimento de nervos periféricos, levando à sensação de dormência nas mãos e pés e perda da força muscular”, explica Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da DIVE/SC. As pessoas que convivem intimamente com o doente também devem ser examinadas, pois assim poderão ter o diagnóstico na fase inicial, prevenindo a progressão da doença e a instalação das incapacidades físicas e deformidades que geram preconceito e discriminação aos portadores. Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos.

A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. O diagnóstico e o tratamento são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).



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