A Associação dos Amigos dos Autistas de Imbituba (AMAI) realizou, na tarde desta segunda-feira (22), o 1º Simpósio Municipal sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento, apoiado pelo poder executivo, através da Secretaria Municipal de Saúde, teve como tema “O Autista em todo lugar”. O simpósio, no Imbituba Atlético Clube (IAC), contou com a participação de mais de 150 espectadores. Entre eles, pais e familiares de autistas, pacientes, profissionais das áreas de educação e saúde, bem como, cidadãos interessados nos debates. O objetivo do simpósio foi promover, junto à comunidade imbitubense, uma tarde de reflexão, contemplando conhecimento científico, práticas terapêuticas e educacionais, voltados a atual realidade.
Em discurso, a presidente da AMAI, Maria de Lourdes Pires, disse que o autismo vive, atualmente, sob um novo olhar. O olhar das descobertas científicas. Mas, ressaltou que, nenhuma descoberta será grande o suficiente se não for possível mudar a concepção que muitos têm sobre o autista. “Os mitos, recorrentes, são que o autista vive em seu mundo próprio, sem condições de interagir com o próximo e distante das realidades que os cercam. Muitas vezes, o ambiente é que não proporciona o devido estímulo. O TEA é uma questão de saúde pública, pelo número, cada vez maior, de pacientes que recebemos. O autismo não se cura, mas se compreende! O autista é parte desse mundo e não um mundo a parte. Somente pensando dessa forma é que conseguiremos construir um mundo mais humano”, disse Maria de Lourdes Pires.
Quatro palestras foram dirigidas ao público presente, sobre os mais diferentes focos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Graciela Wiemes Ribeiro, quanto maior o acesso a informação, melhor será o tratamento do autista. Para o Prefeito de Imbituba, Rosenvaldo da Silva Júnior, é muito importante que a sociedade fale sobre o assunto, para que o tratamento precoce seja uma realidade e o preconceito seja eliminado. “É necessário diminuir a ignorância que existe sobre o autismo e acabar com o preconceito que existe sobre o TEA. Se hoje nós temos o diagnóstico precoce dentro do município, é pelo trabalho incansável de muita gente, incluindo, do pessoal da AMAI, que chamou a atenção do poder executivo e possibilitou que o setor público desse a sua contrapartida no acesso ao tratamento de qualidade. Esse é um caminho longo, mas, que a gente já iniciou e isso é o mais importante”, ratificou .
A Associação dos Amigos dos Autistas de Imbituba conta com especialistas nas áreas de psicologia, assistência social, psicopedagogia, nutrição, música e pedagogia. Estes profissionais atuam de forma voluntária, prestando atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista, cadastradas na associação, que, na grande maioria, são crianças e jovens.
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